
CIRURGIA ORAL E MAXILAR
Alguns exemplos de patologias que necessitam de intervenção cirúrgica, como a remoção de sisos inclusos e quistos maxilares, enxertos ósseos, regeneração tecidular guiada, patologia das glândulas salivares, patologia da ATM, remoção do freio labial e lingual.
Todos estes procedimentos feitos com relativa rapidez e apenas com anestesia local.
O cirurgião maxilo-facial em coordenação com o ortodontista, pode também realizar a cirurgia ortognática, feita em bloco operatório e com recurso da anestesia geral.
TRAUMATOLOGIA DA FACE
Área da cirurgia maxilofacial que trata as fracturas e sequelas de fracturas na face. As principais causas das fracturas faciais são acidentes de automóvel, agressões físicas e acidentes desportivos e domésticos.
As principais fracturas ocorrem nos ossos próprios do nariz e a nível mandibular. O tratamento implica fixação rígida com placas e parafusos para estabilizar e fixar os traços das fracturas.
DISFUNÇÃO ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM) – DOR OROFACIAL

Disfuncional, porque esta doença resulta de uma disfunção no funcionamento da Articulação Temporo-Mandibular (ATM).
Uma articulação é uma ligação entre dois ossos. Há vários tipos de articulações no corpo humano, mas que se diferenciam em articulações “móveis”, como a do ombro, e as “imóveis”, como aquelas entre os ossos da cabeça.
A articulação temporo-mandibular une a base do crânio, pelo osso temporal, à mandíbula, osso também conhecido como maxilar inferior. Esta articulação é então uma articulação “móvel”, que nos permite abrir e fechar a boca e, por consequência, executar funções básicas como falar e mastigar.
Nesta articulação há, no espaço compreendido entre os dois ossos descritos, uma cartilagem, a que se chama disco articular, cuja função é acompanhar o movimento do condilo mandíbular quando abrimos e fechamos a boca, de forma a que não haja contacto directo entre as duas superfícies ósseas. Importa referir que esta articulação é revestida por uma cápsula, e banhada por um líquido, o líquido sinovial, que a lubrifica.
O disco articular pode estar deslocado da sua posição normal e, em função disso, limitar o movimento em vez de o ajudar.
Isto pode manifestar-se principalmente por um ruído ao abrir a boca, tipo um estalido, ou por incapacidade de completar o movimento de abertura total da boca, geralmente com muita dor ao tentar fazê-lo. Essas dores podem ser por vezes interpretadas como dores de cabeça, já que estão associadas a um dos músculos responsáveis pela mastigação, o músculo temporal.
Estas são as mais comuns manifestações clínicas desta doença, que pode ter várias causas, sendo por isso chamada de multifatorial.
As mais frequentemente identificadas são os chamados hábitos nocturnos parafuncionais, o chamado bruxismo, em que as pessoas rangem os dentes e assim os desgastam. Também a falta de dentes e a consequente alteração de relação entre as arcadas superior e inferior são causas comuns.
A Cirurgia Maxilofacial é a especialidade médico-cirúrgica que trata esta patologia em colaboração frequente com a Medicina Fisica e Reabilitação e a Medicina Dentária.
DISMORFIAS DENTOFACIAIS – CIRURGIA ORTOGNÁTICA

Cirurgia para a correcção das deformidades que envolvem os ossos da face e os dentes.
Tem o objectivo de posicionar os maxilares de forma a possibilitar ao paciente uma oclusão adequada, uma face bonita (estética), boa respiração (via aérea ampla), com a articulação têmporo-mandibular saudável e com saúde periodontal.
Está indicada para casos de:
Prognatismo – mandíbula grande e/ou maxilar pequeno; Retrognatismo – mandíbula pequena; Assimetrias – maxilares tortos; Atresia do maxilar – mordida cruzada posterior; maxilar estreito; Apneia Obstrutiva do Sono.
IMPLANTOLOGIA AVANÇADA – IMPLANTES ZIGOMÁTICOS
Nos casos em que há uma grande atrofia do osso maxilar não é possível a colocação de implantes osteointegrados convencionais. Há, no entanto, uma técnica cirúrgica que permite, num único procedimento, a utilização do osso zigomático para a colocação de implantes, que permitirá uma reabilitação imediata com próteses totais fixas. A esta técnica se dá o nome de implantes zigomáticos, exigindo do profissional um conhecimento profundo da área anatómica envolvida, das especificidades técnicas do procedimento, bem como uma vasta experiência cirúrgica. Na Clínica Maxfac, os implantes zigomáticos são colocados pela equipa de Cirurgiões Maxilofaciais, composta pelos Drs Óscar Prim da Costa e David Pratas Vital, e a reabilitação protética é feita pelo coordenador da Medicina Dentária, Dr. João Fryxell Duarte, Assim privilegiamos e respeitamos, uma regra absoluta da Maxfac, a especificidade e colaboração estrita entre especialidades.
Uma dentição completa e alinhada é essencial para uma boa saúde oral. Os dentes devem funcionar em conjunto de forma harmoniosa.
A perda de um ou mais dentes pode causar uma série de problemas se não forem substituídos, condicionando a estética, a fonética e a mastigação. Quando um dente se encontra em falta, os dentes adjacentes saudáveis, tendem a mudar de posição inclinando para esse espaço e os oponentes que não tem contacto, tendem a extruir . Essa zona desdentada, vai apresentando perdas ósseas significativas, por não ter estímulo dentário, ficando uma zona mais frágil.
Esta situação vai afectar a forma como se aplica a pressão sobre os dentes durante a mastigação, podendo ter um impacto muito negativo nos músculos e articulação mandibular.
Implantes dentários: Os implantes dentários são a melhor solução para a substituição dos dentes naturais, podem substituir um ou mais dentes. São constituídos por um cilindro ou cone de titânio que é colocado no osso após preparação cuidadosa do mesmo e que servem de suporte para coroas unitárias ou próteses dentárias (com vários dentes).
Inicialmente é realizada uma consulta de avaliação. Depois, é feito um diagnóstico e estabelecido um plano de tratamento adequado.
O processo de colocação de implantes dentários é realizado numa só consulta (mesmo quando são feitos múltiplos implantes) e utilizada apenas anestesia local.
Depois desta fase cirúrgica segue-se a fase protética, onde se vai colocar a coroa ou prótese sobre os implantes. Esta pode ser realizada logo no mesmo dia da colocação dos implantes ou noutros casos cerca de 3 a 6 meses após a cirurgia, quando os implantes já estão osteointegrados.
A reabilitação sobre implantes pode ser feita com coroas ou pontes, que são cimentadas ou aparafusadas ao pilar do implante e que simulam um dente verdadeiro.
No caso de reabilitações em desdentados totais, as próteses vão encaixar como um todo nos múltiplos implantes. Estas podem ser fixas ou removíveis.
A colocação do implante é um processo cirúrgico simples, mas que exige uma planificação cuidada.
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

O que é?
O Síndrome de Apneia e hipopneia do sono consiste na repetição, durante o sono, de uma obstrução transitória (pelo menos de 10 segundos) da via aérea superior impedindo a passagem do ar (apneia) ou limitando-a (hipopneia).
Graus de Gravidade
Depende do número de paragens respiratórias por hora de sono (Índice de apneia/hipopneia por hora)
> 5 e < 14 – Leve
> 15 e < 29 – Moderado
> 30 – Grave Consequências para a Saúde
– Hipertensão
– Problemas cardiovasculares Diminuição de O2 leva ao aumento do stress oxidativo e danos no endotélio dos vasos
– Acidentes de trânsito
– Menos qualidade de vida
– Menor rendimento laboral
– Maior risco de demência
– Maior risco oncológico Quando devemos contactar um especialista
– Se ressona (vibração anormal dos tecidos da garganta)
– Se deixa de respirar durante a noite
– Se se sente cansado durante o dia, sonolento
– Hipertensão arterial / outras doenças cardíacas
Pode estar a sofrer de apneia do sono se 2 sim Distúrbios do sono e 80% tem apneia do sono.
Dar a máxima importância ao diagnosticar as apneias e dar-lhes o tratamento adequado.
Em que consiste o tratamento
1- Diagnostico preciso através de um estudo do sono que pode realizar em sua casa utilizando um aparelho de tamanho reduzido e de fácil utilização.
O aparelho regista 5 sinais diferentes de informação enquanto está a dormir:
– Fluxo respiratório
– Oximetria (% de oxigénio no sangue)
– Frequência cardíaca;
– Posição corporal;
– Nível do ronco
2 – Interpretação do estudo permite a diferenciação entre apneias graves, moderadas e ligeiras.
3 – Colocação de um dispositivo intra oral, nos casos de apneias moderadas e ligeiras, para dormir que reduz significativamente as apneias do sono bem como o ressonar.
4 – CPAP Aparelho que coloca durante o sono e que por pressão de ar aumenta o espaço da via aérea.
5 – Cirurgia de avanço bimaxilar (apneias graves e moderadas e intolerância ao CPAP).
Dispositivos intraorais
São duas ferulas, para ambos os maxilares, que se conectam por meio de tensores, que evitam a retracção da mandibula e o encerramento da via aérea, diminuindo assim as apneias durante o sono. »
CIRURGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES

As glândulas salivares desempenham o papel importante de produção e secreção de saliva para a cavidade oral. A saliva é essencial para vários processos: lubrificar e humedecer a cavidade oral, auxiliar na digestão dos alimentos, proteger os dentes contra as cáries e ainda é responsável pela produção de substâncias indispensáveis na defesa do organismo contra infeções.
As principais glândulas salivares são as parótidas, submandibulares e sublinguais.
As glândulas podem ser afetadas por diversas doenças, desde patologias inflamatórias a nódulos e tumores que podem requerer intervenções cirúrgicas para exérese da glândula ou da lesão. Uma das patologias, não tumorais, mais frequentes é a formação de cálculos nos ductos de drenagem das glândulas, o que leva a retenção de saliva que causa aumento de volume da glândula (principalmente às refeições) e pode levar a infeção.
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